terça-feira, 14 de julho de 2009

Segurança Pública

É lastimável um país como o Brasil, com seu tamanho e suas proporções, ainda ser tão fechado a um assunto tão importante como o segmento LGBT. E, sabendo que esse meio conta com pessoas de todas as idades, crenças, classes sociais, fica ainda mais inaceitável uma situação como essa.
Pergunte a um heterossexual se foi ele quem escolheu sua orientação. Faça a mesma pergunta à um homossexual. A resposta será a mesma: NÃO. Ninguém escolhe o que lhe atrairá. E a homossexualidade, tão presente no nosso dia-a-dia, com certeza nunca acabará. Pois ano a ano, o número de homossexuais tem crescido e só tende a crescer ainda mais.
Baseado nessa questão, surgem as perguntas: é errado alguém buscar ser feliz à sua maneira? É errado alguém querer amar e ser amado?
E, num cenário como o atual, onde vemos a homofobia "abafada" por essa sociedade hipócrita, mantida por uma mídia mais hipócrita ainda, obviamente vamos lutar de diversas formas por leis que garantam nossa segurança e mais que isso, nossos direitos como cidadãos. Para quem não sabe, está transitando no Senado Brasileiro a PLC 122/2006. Uma lei que, depois de aprovada, criminalizará toda e qualquer forma de discriminação e violência contra os LGBT's.

Aos heterossexuais abertos e favoráveis a essa idéia, fica um recado: contamos também com vocês para vencer essa batalha!

Educação e Sexualidade

Numa das reuniões do encontro do Galera E-Jovem discutimos sobre esse amplo, e polêmico, assunto... e no horário destinado ao material do fanzine do projeto, deixei o seguinte parecer:

Hoje em dia, ao se falar de educação é praticamente impossível não pensar em jovens. E consequentemente lembra-se de sexualidade e meio LGBT.
Por que é tão difícil para as escolas, sabendo que o número de jovens e adolescentes LGBT's aumenta a cada ano, mudar sua postura em relação ao complexo - e importante - assunto?
E o que nós alunos - e jovens - do meio reinvindicamos? Apenas que nos aceitem, respeitem e mostrem, aos considerados "normais", que tal como eles, somos normais, temos nossos direitos e, acima de tudo, sentimentos!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Juventude e Sexualidade

Apesar da mídia sensacionalista tentar "abafar" o assunto, muito se fala em juventude. E, pensando em juventude, vários assuntos paralelos surgem juntamente a esse tema. Sexualidade, segurança pública e, inevitavelmente, o mais polêmico desses temas: a orientação sexual desses jovens.
Pensando no assunto, fiz uma breve análise de minha própria experiência como um "membro" desse meio tão complexo. Quando se fala em LGBT, pensa-se logo em: assumir-se ou não?

Por que assumir-se?

Para alguns torna-se mais fácil. Pois a pessoa pode ser ela mesma sem precisar usar máscaras ou de repente ter de ser alguém que não é.

E por que NÃO assumir-se?

Muitos quando se descobrem homossexuais, junto com a descoberta vem os medos, os receios, os pensamentos como "por que comigo?". Nisso pode-se dizer que a pessoa começa a passar por uma crise interior muita intensa.

Mas agora vou dar meu exemplo para defender que não é bem assim. No caso de homens homossexuais, logo se pensa em um cara bem afeminado, com trejeitos e atos femininos. Ou seja, associa-se essas pessoas ao meio feminino. Ledo engano. Como poucos sabem, ninguém está livre de suspeitas. Seu vizinho pode ser, o padeiro da padaria tal pode ser. Até mesmo seu médico.
No caso de muitos que se veem homossexuais, o primeiro receio que vem, tanto de si próprio quanto das pessoas com as quais elas convivem, é o preconceito. Apesar de menor do que há alguns anos atrás, ainda existe. E muito. No cenário atual, vemos uma mídia que tenta a todo custo abafar essa situação, mascarando fatos que na verdade são totalmente verdadeiros. Então pensa-se: como se assumir numa sociedade tão hipócrita?
Para os afeminados é bem mais complicado. Pois apesar de tentarem permanecer no armário por mais tempo, a verdade está lá, para quem quiser ver.
Para os mais masculinizados, pode sim ser mais tranquilo. E por que? Com trejeitos considerados masculinos, atos considerados masculinos, ele pode camuflar o quanto quiser essa verdade. E para eles ainda fica uma pergunta maior: por que me assumir? Por que correr um risco talvez desnecessário?
Mas aí entramos em outra questão: se grande parte desses jovens permanecerem no armário, como vamos combater esse mal que insiste em habitar nosso dia-a-dia?

domingo, 12 de julho de 2009

E-Jovem e os Gládios

Como nasceu o Gládio Abolição?

Desde 2001 existe no país um grupo de apoio a jovens e adolescentes do meio LGBT. Chama-se E-Jovem. Esse grupo foi fundado por Deco Ribeiro e, inicialmente, atuava apenas na internet. Mas a procura e a participação dos jovens foi tão grande que ele saiu do "mundo virtual" para a realidade de todo o país. Hoje, o E-Jovem é um grupo de âmbito nacional. E conta com diversos E-grupos espalhados pelo país. Desde o mês de fevereiro de 2009, está em vigor no estado de São Paulo o Galera E-Jovem. Todos os domingos nos reunimos para conversarmos sobre diversos assuntos. E uma vez por mês ocorre o Encontro Estadual, no qual debatemos com jovens de outros E-grupos espalhados por todo o estado.
Numa dessas reuniões, percebemos a necessidade de criar novos sub-grupos com o intuito de aumentar a visibilidade do meio. Discutimos como seriam e como atuariam esses sub-grupos. Dessa forma, nasceram vários gládios na região de Campinas, entre eles o Abolição, que é este o qual apresento a vocês!

Apresentando o Gládio

Bom, pra início de conversa, vou apresentar a vocês o Gládio Abolição.

Primeiramente, o que é um GLÁDIO?

Um gládio nada mais é que um grupo de pessoas que se reunem numa determinada localidade - seja ela uma escola, um bairro, uma comunidade - para discutir o dia-a-dia LGBT desse local. Nessa reunião, falamos sobre o cotidiano e sobre a homofobia, tão presente nesse meio. Nela, discutimos formas de estar combatendo-a, sugerindo soluções para lutar contra esse mal que tanto nos afeta.

E por que Gládio Abolição?

Simples, no município de Campinas, onde hoje temos uma visibilidade maior que em outras cidades, temos quase 15 Gládios. Por isso, cada Gládio tem sua área de atuação. Então, a escolha do nome é justamente decorrente da localidade em que atuaremos. A região da Abolição, uma das principais vias de Campinas e que conta com um ponto estratégico para o funcionamento do mesmo.

Como já citado, esses grupos visam a discussão de formas de aumentar a visibilidade LGBT não apenas em Campinas, mas no estado de São Paulo e em todo o país, como também, formas de estar se combatendo a homofobia.
Por isso, conto com a colaboração e participação não apenas de gays, lésbicas, bissexuais e etc, mas sim de todos que apoiam essa causa. Das pessoas que não veem as diferenças como ameaça, como algo com o que se incomodar. E sim como algo que se pode conviver e, acima de tudo, respeitar!